Tendo em vista o começo de um novo ano e, assim, um novo ciclo, o LinkedIn publicou o relatório Global Talent Trends 2020. O subtítulo – 4 trends changing the way you attract and retain talent – chama atenção para o que se espera do RH no futuro do trabalho. Atualmente, não é necessário apenas atrair talentos para as empresas, mas também pensar em novas formas de reter os colaboradores.
As principais tendências para o futuro do RH
O estudo compilou dados de mais de 7.000 profissionais da área de Gestão de Talentos em 35 países, buscando identificar as tendências do futuro do RH. Em primeiro lugar está Employee Experience, seguida por People Analytics. O primeiro lugar é confirmado através de análises do Google Trends, apontando um aumento de 52% de busca no Google por “Experiência do Colaborador”, desde de março de 2020 até final de junho do mesmo ano. Se antes, o tema de Employee Experience já era visto como um forte aposta para as empresas, com a chegada da pandemia e um maior foco no bem-estar dos colaboradores, o tema ganha ainda mais atenção.
O que é Employee Experience (EX)?
Basicamente, Employee Experience consiste em tudo que os colaboradores observam, sentem e pensam ao longo da sua interação e relacionamento trabalhando em uma empresa. Dessa forma, atuar com esse tema significa investir numa melhor experiência do colaborador, buscando medir, entender e melhorar a sua jornada como um todo. Diante dessa lógica, o relatório afirma: a sua empresa trabalhará para os seus trabalhadores, não o sentido contrário. Isso significa que o bordão tão famoso em Customer Experience: o cliente tem sempre razão, irá se expandir também para a experiência dos colaboradores, ou seja, o colaborador sempre tem razão.
Segundo a pesquisa, Employee Experience pode ser o novo Recursos Humanos (RH), processo iniciado na expansão das tarefas dos profissionais dessa área, juntamente a um novo posicionamento no futuro do trabalho. Essa previsão é enfatizada no crescimento de 240% no número de pessoas que o cargo do Linkedin utiliza a expressão Employee Experience. No entanto, há um desafio nessa situação: enquanto 96% dos profissionais afirmam que EX está se tornando mais importante, apenas 52% afirmam que suas empresas oferecem uma experiência do colaborador positiva. Dessa forma, pode-se concluir que apesar das oportunidades trazidas com essa nova abordagem, é preciso comprometer-se para aproveitá-las, por meio de investimentos em ações que coloquem em prática uma visão centralizada na experiência do colaborador, afirma o relatório.
People Analytics será a nova competência do RH
Como diria o matemático e empresário britânico Clive Humby: data is the new oil. Através da coleta e análise dos dados sobre as pessoas da sua empresa, é possível gerar insights mais assertivos para a tomada de decisão. Segundo Nigel Dias, Diretor Geral da 3N Strategy, “People Analytics significa que você pode falar para o seu Business Partner: qualquer pergunta que você tenha, nós te ajudaremos a respondê-la por meio das informações corretas no momento correto.” Além disso, o relatório afirma que entender de análise de dados está se tornando uma habilidade essencial, para qualquer profissional, mostrando que houve um aumento de 242% de especialistas de RH que possuem habilidades nesse campo nos últimos 5 anos.
Apesar de 73% das companhias afirmarem que o investimento em análise de dados de pessoas será uma prioridade para os próximos cinco anos, existem alguns desafios a serem enfrentados. Nesse sentido, metade dos colaboradores afirmam que sua empresa faz um bom trabalho em manter os dados de forma ordenada e assertiva, no entanto, esse número cai quando apenas 29% dos colaboradores afirmam que sua empresa consegue tirar vantagem dos dados coletados como forma de insights. Ou seja, para acompanhar o futuro do trabalho é necessário, além de coletar e organizar os dados, transformá-los em informação e chegar em conclusões a partir disso, maximizando os benefícios que a orientação aos dados pode oferecer tanto para o RH, quanto para toda a companhia.
Como vencer a Guerra de Talentos?
Retomando alguns conceitos-chave, a ideia de Employee Experience perpassa uma organização que coloca seus colaboradores no centro, permitindo que eles co-criem (juntamente à empresa) sua experiência ideal no trabalho. Além disso, no que diz respeito à People Analytics, é necessário ter em mente que o pensamento orientado à análise de dados ajuda a tomar melhores decisões e o papel do RH nesse sentido é utilizar os insights extraídos disso para agir estrategicamente na experiência do colaborador.
A expressão War for Talent (Guerra de Talentos, em tradução livre) foi utilizada pela primeira vez em 1997 por Steven Hackin, empregada para ilustrar a realidade de um mercado corporativo que é cada vez mais difícil atrair e reter talentos. Diante desse panorama, quem mais entende do assunto afirmou e segue afirmando que investir em tais tendências são o caminho para vencer essa guerra. No entanto, há uma lacuna entre considerar esses temas importantes e realmente atingir a excelência neles. Por isso, é importante investir tempo e recursos para se capacitar e atuar nessa nova visão do que é Gestão de Pessoas.
Por fim, listamos algumas boas práticas para você começar a implementar um RH voltado para Employee Experience e People Analytics:
- Pare de tomar decisões baseadas em opiniões. Vá atrás dos dados e dos fatos;
- Desenvolva o hábito de sempre escutar e entender as dores e necessidades dos colaboradores, lembrando que cada experiência é única;
- Organize um processo de coleta de dados e feedbacks dos seus colaboradores que seja simples e fácil;
- Utilize uma ferramenta que permite fazer análises e cruzar dados a fim de identificar as principais pontos de dor na experiência do colaborador;
- Forme um time ou tenha profissionais inteiramente dedicados em melhorar a experiência das pessoas no trabalho;
- Combine dados qualitativos com dados quantitativos para aperfeiçoar as suas análises e trazer insights mais assertivos.
Clique aqui para acessar o relatório completo
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