A maioria das empresas ainda está na Era do Engajamento. Nesse momento, as empresas e equipes de RH focam em responder à pergunta "O que podemos fazer para que os colaboradores se sintam felizes para performar melhor?". Porém, o futuro do trabalho demanda outra abordagem. A Era da Experiência te convida a focar no seguinte questionamento: Como criar uma empresa que as pessoas queiram trabalhar ao invés de precisarem trabalhar nela?
Quando começou a Era do Engajamento?
Em 1990, quando a maioria das empresas focava apenas na recompensa financeira que os colaboradores receberiam com objetivo que eles trabalhassem de maneira mais eficiente e rápida, surgiu uma nova teoria que transformou o ambiente de trabalho. William Kahn, um professor de comportamento organizacional na Boston University Questrom School of Business, criou o conceito de engajamento e revolucionou a forma com que as organizações se relacionam com os colaboradores.
Nesse novo momento, o foco seria em saber como os colaboradores se sentem no seu cotidiano do trabalho, sem deixar de lado o acompanhamento da performance. Entretanto, apesar de se mostrar um avanço, buscar apenas o engajamento não faz mais sentido no cenário atual.
Como exemplo disto, podemos citar empresas que buscam engajar seus colaboradores apenas em momentos específicos, através de um bônus de fim de ano ou festas em datas comemorativas, esquecendo da sua jornada no dia a dia. Na Era da Experiência, desejamos que o colaborador esteja engajado em todo ciclo de vida, ouvindo-o e agindo de acordo com o que realmente importa para ele.
O que é Employee Experience?
Employee Experience, ou Experiência do Colaborador é: tudo que os colaboradores observam, sentem e pensam ao longo do seu relacionamento e interação com a organização. Ou seja, todos os colaboradores possuem experiências em suas respectivas empresas. Assim, o questionamento-chave seria: Por que não buscar a melhor experiência possível para o colaborador?
Nesse sentido, felizmente, a maioria dos profissionais do RH desejam que a experiência dos seus colaboradores seja a melhor possível. Entretanto, existe uma lacuna entre supor o que o colaborador necessita e realmente possuir informações sobre essas necessidades, como pode ser observado na imagem abaixo. Comprovando isto, uma pesquisa da Deloitte mostra que enquanto 80% dos executivos de RH acreditarem na importância de trabalhar a experiência do colaborador, apenas 22% deles consideram que sua organização consegue executar isso com excelência.
Assim, entendemos que ser orientado para experiência do colaborador muitas vezes não é fácil e muito menos um processo rápido, por isso criamos uma metodologia exclusiva para auxiliar nesse momento, e explicaremos isso em seguida!
Como a Pin People enxerga Employee Experience?
Após meses de pesquisa por parte do nosso time de metodologia, criamos um framework de Employee Experience, baseado em 3 principais pilares:
Envolvimento:
Acreditamos que para criar experiências positivas, é necessário o envolvimento tanto do colaborador quanto da organização, criando um laço fundamental frente à toda a jornada na empresa. Este pilar é preenchido por dois aspectos fundamentais: identificação e engajamento. Por identificação, nos referimos a concepção do colaborador através de propósito, valores, função, habilidade, etc. Por sua vez, o engajamento, envolve questões como o desejo de permanência do colaborador na empresa, o orgulho que o colaborador possui da organização e o apego emocional.
Pessoas:
O segundo pilar da experiência são as pessoas. Esse pilar pode parecer um pouco óbvio, no entanto, é inegável que a experiência é construída por interações, logo, as pessoas que fazem parte do ambiente de trabalho possuem grande impacto no cenário de Employee Experience. Ao falar de pessoas no ambiente de trabalho, estamos falando principalmente de dois grupos: as pessoas do time e a figura do líder. Em primeiro lugar há o coletivo no trabalho, aqueles com quem o colaborador trabalha e, junto a isso, o gestor, que é uma figura essencial no feedback e suporte. Ambos aspectos essenciais no quesito, pessoa para a criação de boas experiência
Suporte:
Em terceiro lugar, temos o pilar do suporte. Dentro deste pilar podemos identificar três principais aspectos: aprendizado e desenvolvimento, ambiente de trabalho e reconhecimento. O primeiro deles, aprendizado e desenvolvimento, já é reconhecido pela comunidade de RH como um dos principais benefícios para os colaboradores e oportunidades para crescer e se desenvolver na carreira. Em segundo lugar, temos o ambiente de trabalho, que não se refere apenas ao ambiente físico. Em uma visão mais ampa, analisamos a flexibilidade do trabalho, os recursos disponibilizados e o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Por fim, o reconhecimento- seja com feedbacks positivos, promoções ou remuneração financeira justa para sua função são questões que impactam na experiência do colaborador.
Por que Employee Experience importa?
Segundo dados do futurista Jacob Morgan, colocar a experiência dos colaboradores no centro traz diversos benefícios, dentre eles:
- 7 vezes mais Employer Branding: ao melhorar a experiência, aumentam as chances dos seus colaboradores tornarem-se promotores da sua empresa, tanto para seu círculo de convivência quanto nas redes sociais.
- 2 vezes mais receita: ao entender seus colaboradores e colocar suas necessidades no centro, diversos custos podem ser cortados, junto a um aumento da produtividade dos times.
- 40% menos turnover: colaboradores que possuem suas necessidades atendidas diminuem suas chances de deixar a empresa, aumentando as taxas de retenção de talentos.
- 4 vezes mais inovação: ao contemplar os pilares da experiência, as taxas de comportamentos inovadores crescem significativamente!
Entre para a Era da Experiência
É um fato que, apesar do interesse de muitos profissionais de RH, gerir colaboradores a partir da sua experiência ainda é algo novo e, como consequência, desafiador. Trouxemos aqui o conceito, a história e um pouco da metodologia da Pin People para iniciar a construção de RH centrado nas pessoas.
Entretanto, para que se obtenha sucesso nesse caminho, mais um conceito é fundamental: escuta. Por isso, é necessário ouvir seus colaboradores sobre os aspectos citados acima para entender, de verdade, o que importa para eles na prática. Como sempre falamos, o objetivo é fazer as perguntas certas para as pessoas certas no momento certo. Bem vindo(a) à Era da Experiência!
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